quinta-feira, 25 de março de 2010

Estamos (a sociedade) às voltas com uma Lei já aprovada na Câmara dos Deputados, entitulada PL 122. Mas que sociedade? Uma vez ou outra os canais de TV dão noticias a respeito da Lei e dos interessados.Todos sabemos que quando determinada coisa é do interesse da sociedade, mesmo geral, ela se organiza, seja para vencer, seja para derrotar. É verdade que esta Lei, pelo visto é de cunho social, porém amplo, é para todo e qualquer individuo. Não, pelo que eu li da Lei ela não é para incriminar/penalizar todo e qualquer indivíduo que cometa atitudes representativas de preconceito, mas sim, para coibir comportamento de pessoas que tem acesso a determinados ambientes de algum modo restrito. Curioso, eu antes escrevi um texto, agora, escrevo outro, depois de ler a Lei. Achei curioso uma lei que se preocupa apenas com o acesso das pessoas em determinados lugares sendo que, o preconceito pode acontecer a céus abertos. Será que as pessoas que elaboraram a Lei não se deram conta de que entre uma pessoa sair de sua casa até chegar a um ambiente que lhe está reservado por lei o dieito de expressar seus gestos afetivos como o de qualquer outra pessoa, ela pode ser agredida verbal e físicamente? Será que a pessoa que elaborou a lei se deu conta de que o primeiro lugar onde essas pessoas sofrem com demonstração de preconceito muitas das vezes é entre os seus familiares e vizinhos? É lógico que uma lei é construída por necessidade, por causa da existência de ocorrências e por também haver contabilidade de prejuízos da parte afetada, principalmente por aquela estrutura que prejudique o individuo socialmente ao qual o custo para o governo pode afigurar-se como muito volumoso. Confesso que acho estranho uma coisa, porque é tão importante as demonstrações de afetos em determinados ambientes, uma vez, quee tais demonstrações de algum modo são criticadas até entre casaisl heteros. Eu só me pergunto se esta lei está preparando a sociedade (família) para se adequarem a isso, principalmente as crianças. Porque a sociedade não é a presente, mas a que virá. Vejo uma sociedade silenciosa, sem participação, sem discussão, talvez pelo grande indiferentismo ou desprezo que tem para com essas pessoas, porque não pensam que com seus filhos poderão defrontar-se com essa situação, então ´dirá que lhe foi imposta uma Lei. E não é uma Lei qualquer, mas uma lei que acena para novos costumes. Eu sei que tem pessoas que só pensam no fato de estar escrito "x anos de reclusão", quando na verdade se está lançando sobre a sociedade brasileira uma nova adaptação, porque, qualquer coisa que se precise re-ensinar as crianças diferente do que elas já conhecem é mudança de padrão social e moral também. Eu fico pensando nas pessoas que se apavoram com o artigo que enuncia as palavras "manifestações afetivas", e me pergunto: Qual é o casal hetero que num ambiente aberto e público extrapolam nos carinhos, portanto, se há ajustes nesse assunto... eu acho que já existe, o que passa de pequena expressão de afeto é atentado ao pudor. Outro dia um estrangeiro esteve fazendo carinho o em sua filha, uma criança, num dado lugar aberto, alguém que se encontrava no mesmo ambiente aberto e público, denunciou-o. A história repercurtiu até o interesse da mídia acabar e depois tudo passou. estava tentando lembrar o nome do que se paga para não ser preso mesmo cometendo um delito. Fiança. Não entendo de leis, além da reclusão, o que comete atitude de agressão aos homossexuais e etc, tem direito a fiança?!?! Toda pessoa, para se sentir respeitada, importante quer ingressar em certos lugares, É o que esta lei considera importante, mas qual lei não tem o mesmo princípio de justiça?

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